O que fazer na hora que sua pressão está alta?
Pressão alta e doenças do coração infelizmente estão sempre correlacionadas, além de ser algo que não escolhe gênero e nem faixa etária. É comum se pensar que só homens têm essa condição, ou que apenas idosos padecem disso.
Esses mitos contribuem para um cenário perigoso, onde um terço dos brasileiros que possuem a condição da hipertensão desconhecem o diagnóstico, segundo a Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo - Socesp.
E mesmo quem possui pressão alta, costuma perguntar-se: O que fazer na hora de um pico de pressão? Há algo ou alguma técnica que possa baixá-la rapidamente? Se você ou algum familiar sofre de hipertensão e quer respostas para essas perguntas, está no lugar certo!
Leia e saiba se é possível e o que fazer quando a pressão estiver alta.
Pressão alta - quais os parâmetros de medição?
A pressão é considerada normal e/ou aceitável quando a máxima está em 120 milímetros de mercúrio e a mínima em 80 milímetros de mercúrio - o famoso “12 por 8”.
Assim como a pressão pode estar acima desses valores, ela também pode estar abaixo. E vale lembrar que medições inferiores a 14 por 9 podem ser consideradas geralmente normais - caso o médico avalie assim.
É importante que as pessoas não menosprezem os cuidados com a pressão alta e outras doenças cardiovasculares, especialmente porque a primeira é um mal silencioso que atinge uma em cada três pessoas adultas.
Fatores de risco para hipertensão
A hipertensão possui uma série de fatores de risco que são divididos em inalteráveis (inerente a todas as pessoas) e os variáveis (relacionados ao estilo de vida de cada um), veja quais são eles:
Fatores inalteráveis:
Predisposição genética
Envelhecimento
Fatores variáveis:
Maus hábitos alimentares;
Sedentarismo;
Alcoolismo;
Obesidade;
Tabagismo;
Colesterol elevado;
Estresse;
Consumo excessivo de sal;
Ter Diabetes.
Os fatores acima são as principais causas da pressão alta, quando a pressão arterial da pessoa está acima do limite considerado normal pela medicina.
Essa é uma condição que além dos fatores inalteráveis - que não se podem ignorar - tem também os fatores variáveis, que exigem mudança de hábitos alimentares e comportamentais do indivíduo para combater este quadro, que leva à morte de muitos brasileiros.
A hipertensão quando fora de controle pode causar múltiplas complicações severas, que são capazes até mesmo de reduzir significativamente a qualidade de vida, trazendo consequências para a pessoa.
Veja abaixo que consequências são essas.
Consequências da pressão alta
O que faz a pressão alta a ser uma doença tão perigosa são as consequências e problemas de saúde que podem ser causados por ela, ou mesmo estarem associados a essa condição.
Entre as consequências mais graves estão:
Acidente vascular cerebral:
O temido AVC! Se não houver controle da pressão, as artérias começam a ter dificuldade para se dilatar, o que com o tempo, aumenta a tendência e o risco de rompimento, causando o AVC, ou popularmente chamado “derrame”.
Demência vascular:
O aumento da pressão vai causando pequenas hemorragias cerebrais, que vão acumulando-se, por assim dizer e que ao longo do tempo, podem afetar os neurônios.
Infarto e insuficiência cardíaca:
A hipertensão pode causar também quadros de hipertrofia ventricular e obstrução do fluxo sanguíneo - devido ao acúmulo de placas nas paredes arteriais, levando as pessoas a desenvolver insuficiência cardíaca e/ou aumentar muito os riscos de infarto.
Retinopatia:
A pressão alta também afeta os vasos sanguíneos ligados à retina que é o tecido do olho responsável pela captação de imagens, que em casos severos pode levar à cegueira.
Insuficiência renal:
A hipertensão quando descontrolada, leva os vasos sanguíneos dos rins a ficarem mais rígidos do que o normal, diminuindo a irrigação destes órgãos e consequentemente, levando a insuficiência das suas funções, que quando não tratada leva inclusive à falência renal.
Pressão alta - como baixá-la quando houver um pico?
O tratamento da hipertensão precisa ser seguido à risca e orientado por um médico e geralmente ele inclui ações como:
Uso de medicamentos;
Mudança nos hábitos de vida;
Dieta saudável;
Manutenção do peso adequado;
Prática regular de atividade física;
Consumo controlado de bebidas alcoólicas;
Abandonar o cigarro.
Nos casos em que a pressão alta está acompanhada e controlada é muito raro que haja picos hipertensivos graves, daqueles que exigem medidas emergenciais para baixá-la.
Em situações normais, como no ambiente do lar, a pressão acaba por subir devido a questões como estresse, ansiedade, dor de cabeça e/ou outros tipos de dor.
E o que fazer nesses casos? Falaremos a seguir.
Pressão alta: o que fazer num pico hipertensivo?
O que fazer para baixar a pressão quando houver um pico? Como se deve proceder em casos severos, quando você ou outra pessoa apresentar sintomas indicativos de que a pessoa está muito acima do normal, como:
Palpitação;
Falta de ar;
Dor no peito;
Tontura;
Dores de cabeça e/ou na nuca;
Visão embaçada.
O mais recomendado obviamente é que você busque atendimento médico em um estabelecimento de saúde que esteja mais próximo, caso a pressão arterial se mostre muito elevada.
Em casos onde ocorram os sintomas acima, ou se a pressão continuar muito alta - com valores acima de 18 por 12 é importante procurar uma emergência para avaliação do caso.
A pessoa também deve permanecer em repouso e caso seja autorizado, há medicações que podem ser administradas (geralmente por via sublingual) que auxiliam a baixar a pressão com mais rapidez.
Para casos de picos de pressão alta menos graves, que possam ser resolvidos de forma mais tranquila é recomendado:
Em caso de estresse excessivo, tentar relaxar um pouco, aliviar a preocupação ou a emoção forte que foi gatilho do pico e medir a pressão quando sentir-se mais calmo;
Nas situações que envolvem dor, é preciso utilizar medidas que a aliviam como medicações analgésicas e realizar a medição da pressão novamente quando estiver melhor;
Conferir se não houve esquecimento de ingerir a dose recomendada pelo médico da medicação anti-hipertensiva - nos casos que a pessoa já o utilize de formas contínua e medir a pressão passado aproximadamente 1 hora a ingestão do remédio;
Verifique se o aparelho de pressão está funcionando corretamente e se está bem colocado no braço, ou peça para outra pessoa medir a sua pressão para confirmar o valor obtido.
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